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¨Considero que o chamado palavrão é uma palavra igual a todas as demais, que por uma circunstância qualquer tornou-se maldita; no fundo uma palavra vítima de preconceito¨. | Jorge Amado

Palavrão é palavra de baixo calão, mas nunca de pouca utilidade. É cultural. É advérbio de intensidade. É como as virgulas, Senhores e Senhoras. Dá entoação, força, cria ritmos numa frase: ora um samba, um bossa nova, um tango, um fado, uma milonga, uma morna. Impõe respeito. “Põe na ordem”! Dá “murros na mesa”! Dá ganas! Dá “borboletinhas no estômago e sorrisos envergonhados”!

São fortes e fracos, brutos, mas sinceros, nem sempre ofensivos, nunca menosprezados ou indiferentes. Podem ser gritados, sussurrados ou gemidos – óh e quando o são… Nunca são menos do que aquilo que podem ser. Nunca são menos do que o que a nossa alma lhes inculca.

São o que damos de nós quando à boca cheia os soletramos! Foda-se…

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